Tenho ressentimentos. Muitos. Mais até do que possa já ter catalogado. Não quero mais entendê-los. Eu até sei. Por que me ele me fez isso? Porque ela lhe fez isso. Por que? Por que eles não mostraram outra possibilidade para ela. Por que? Por que me sinto tão frustrada? Por que reagi assim?

Estávamos todos tentando sobreviver, emulando, ensinando e exigindo comportamentos condicionais para não sermos rejeitados naquele contexto. Estamos. 

O amor ainda nos é oxigênio. Sempre será.

O que eu quero hoje, a partir do inventário das minhas dores, não é mais me aprofundar em suas origens. Eu quero convidá-las. Venham. A esperança – e pode estar mascarada aí mais uma expectativa, eu sei – é de que ao aceitá-las sem dissecação, elas se sintam à vontade aqui e parem de gritar tanto. Que tornem-se fatos da minha história, veículos que me trouxeram até qui. Só.


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