Já falamos aqui que a qualidade de uma relação é medida pela forma como é feita a gestão de conflitos e não pela ausência deles. Agora, quero falar de uma outra medida. O saldo, o balanço positivo ao pesar os prós e os contras, o superavit e, como tudo – de gestão inteligente de conflito a manter positivo esse saldo – é questão de escolha, autoconhecimento e prática. Igual felicidade. Afinal, relacionamentos saudáveis são quase sinônimo de felicidade, né, não, minha gente?

De novo, estou me embasando em estudos conduzidos por psicólogos especializados em casais, mas quase tudo aqui pode se adaptar a qualquer relação que você considere importante e queira investir intencionalmente para manter positiva, saudável, feliz, tá?

Foco no “intencionalmente”. Essa coisa de deixa vir, deixa rolar, o amor virá, a sabedoria virá… Não virá, se você não investir em conhecimento, em autoconhecimento, treinar novos comportamentos de forma consciente, vai acontecer o que acontece estatisticamente com todo relacionamento – crise depois de uns 6 a 7 anos – e aí, alguns se mexem e se salvam; outros não.

Bom, dada a sacudida. Vamos falar de coisa boa? Meu workshop… Mentira! rs Mas, olha, ele está na promoção até 15/6 lá na home, hein. Não perca! Voltando… 

Como criar um saldo positivo que vai manter a saúde desse relacionamento para que ele se mantenha resiliente para passar pelos altos e baixos naturais da vida?

Sabe aquela coisa dos pequenos gestos intencionais, amorosos, altruístas? Faça. Demonstre carinho, seja generosa, busque o lado bom em vez do ponto a criticar, elogie de verdade, fale mais vezes que admira, o que vê de legal, agradeça, valorize… 

Recorrer a experiências passadas também é bem bom. Especialmente nessa fase de quarentena que a gente não está podendo viver novas experiências como viagens e shows e jantares românticos em lindos restaurantes – que são sempre super recomendados para manter o saldo no azul, ao menos do seu banco de amor. Relembrar momentos e reviver as emoções pode ser bastante positivo. 

Nada precisa ser incrível, sabe. É dar um abraço longo, é tirar pra dançar na sala no fim de uma terça qualquer, é convidar pra rever o vídeo do casamento ou o album de fotos daquela viagem que foi especial. É legal pensar em terem rituais juntos, símbolos só de vocês, como uma música, um filme, uma data de comemoração, um lugar preferido, uma piada interna, sabe. Isso cria muita conexão. 

Uma outra coisa que fortalece uma relação é criar algo que dê sentido àquela relação, que dê propósito, sabe, que dê resposta à pergunta do porquê estamos juntos? Por que mesmo vale a pena investir nisso aqui? Então, um compartilhar os sonhos pessoais com o outro e sentir-se incentivado, apoiado, ajudado para realizar os sonhos pessoais. E ter sonhos juntos. Recomendo. Ter objetivos comuns dá uma sensação incrível de que a gente vai ficar junto pra sempre. 

Além das demonstrações por gestos, fazer-se interessada pela vida do outro é bem importante também para manter a conexão, sabe, demonstrar interesse pelos gostos do outro, conhecer seus sonhos, seus medos, os fatos marcantes da história de vida dele. Conversa boa, profunda, reveladora… isso cria intimidade, aumenta a resiliência. 

Há exercícios diversos com questionários e tabelas pra gerar esse tipo de conversa. Se você se mantiver atenta, talvez nem precise, mas se quiser um ponto pra começar, eu fiz uma sugestão de perguntas lá no instagram @vaiserfelizcomcamilarondon no post Ixquenta Dia dos Namorados e tem uma outra pergunta bem boa também no post seguinte sobre Amores diferentes, Problemas iguais. Vai lá.

Mas, olha, pra gerar conexão tem que haver escuta. A gente sabe quando a pessoa com quem a gente está falando está em outro lugar, né? Às vezes é óbvio porque a pessoa está com a cara no celular, mas às vezes ela até está olhando pra você mas você sabe que ela está pensando em outra coisa. E isso é muuuito ruim. É um desprestígio… 

Se proponha o treino da escuta ativa, do mindfulness listening quando estiver conversando com as pessoas. Ouvir não é segurar-se pra não interromper, mas ficar elaborando a resposta enquanto a outra pessoa fala, tá? É ouvir mesmo. Deixa pra elaborar a resposta quando for sua vez de responder. Esse é um mega desafio pra mim também. Mas é treino! Qual bom hábito não nasceu de repetição e treino? Que cultivemos esse também.

É isso! Que a gente saiba priorizar o amor e investir nas relações porque, essas, estamos aprendendo nessa quarentena, né, são nossos maiores bens.

Beijo! #vaiserfeliz

P.S. Esse texto é um resumo do episódio de podcast, Deixa acontecer naturalmente?, que você pode acessar pelo link https://anchor.fm/vai-ser-feliz e ouvir na sua plataforma preferida.


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